"Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão...."

sábado, 2 de janeiro de 2016

Ano Novo


Estou mais exigente em minhas escolhas. 
Não falo de exigências que me projetem para o contexto infértil do perfeccionismo. 
Não. É no contrário que caminho. 
Decidi que vou desobrigar-me dos fardos de expectativas alheias. 
Quero desconstruir todas as estradas que me apartaram do essencial. 
Perdi tempo demais com urgências infundadas, com olhares que me exigiam o que a elas não pertenciam. 
Prestei pouca atenção nas necessidades da minha alma, 
e tudo repercutiu no corpo. 
É hora de fazer o ano ser novo de novo. 
Sem metas, sem prisões de previsões. 
O ano novo por ele mesmo.
Menino que recebo em casa, sem os vícios impostos pela educação 
que socializa a hipocrisia como regra de boas maneiras. 
Quero mais calma, mais estradas, menos destinos determinados.
Quero conhecer a felicidade que não precisa ser elaborada para acontecer, observar de perto os que funcionam a partir de um mecanismo bem mais simples que o meu. 
Os que não guardam rancor, os que vivem sem culpas, os que se reservam mais, os que escutam mais do que dizem, os que amam sem ilusões.
Quero do tempo a pergunta fundamental, o sussurro de Deus nos meus ouvidos, a voz conselheira que me diz em íntima cumplicidade:

vai, meu filho, vai ver a beleza do mundo que hoje lhe preparei.


Padre Fábio de Melo

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